segunda-feira, 2 de abril de 2012

CENTENÁRIO DO NAUFRÁGIO DO TITANIC É COMEMORADO COM LEILÃO



A casa de leilões Guernsey's, de Nova York, vai aproveitar os cem anos do naufrágio e leiloar uma coleção avaliada em R$ 342 milhões. A coleção recuperada é composta por cerca de 5.500 objetos variados como, pratos, talheres, roupas, frascos de perfume, fotografias, etc.
Os 5.500 objetos, que incluem material com direitos autorais como milhares de horas de filme de vídeo e mapas tridimensionais das dependências interiores do navio, serão vendidos por ordem de um tribunal americano como uma coleção única, por razões de preservação histórica.
Um desses objetos, o mais curioso de acordo com Arlan Ettinger, presidente da casa Guernsey's, é um binóculo que pode ter sido do vigia do Titanic, o que o impediu de ver o iceberg que provocou o naufrágio do transatlântico na madrugada de 14 para 15 de abril de 1912. Toda a coleção foi recuperada com várias imersões durante 17 anos.
O cardápio da última refeição do Titanic já foi leiloado por 122 mil dólares. O cardápio estava na mesa do passageiro Washington Dodge, um banqueiro de San Francisco que viajava para os Estados Unidos junto à mulher e o filho, Washington Junior. Ruth, esposa de Dodge, guardou o menu em sua bolsa, que estava com ela no bote salva-vidas. Os três sobreviveram ao naufrágio e a relíquia permaneceu até agora com a família.



HISTÓRIA:


Informações da imagem contidas abaixo
10 de Abril de 1912, Southampton, Inglaterra, 12:15 - A tripulação do Titanic solta as amarras do cais Nº 44 e inicia a sua jornada em direção à América. Ao som de milhares de despedidas e gritos de adeus começa uma jornada que, por ordem do destino acabara em tragédia.

Informações da imagem contidas abaixo

11 de Abril de 1912, Queenstown, Irlanda (entre 11:30 e 13:30) - Um grande grupo de passageiros da 3ª classe é fotografado ao sol, na popa do Titanic. Esta era a última escala da viagem. Aqui muitos deles veriam as terra do Velho Mundo (a Europa) pela última vez na vida, indo ruma ao Novo Mundo (a América) em busca de tempos melhores. Quatro dias depois desta foto, na madrugada de 15 de Abril de 1912, a popa do Titanic deixaria de ser um belo mirante de despedida para se converter em último refúgio nos momentos de desespero final.

Informações da imagem contidas abaixo

Queenstown, Irlanda, 11 de Abril de 1912, 13:30. O Titanic levanta âncora e parte em direção ao mar aberto, esta seria uma das últimas imagens do navio e o último adeus as terras da Europa. Quatro dias depois desta bela foto mais de 1.500 almas entrariam para a história sem jamais se separarem do navio cujo nome é símbolo de tragédia.


Capitão Edward J. Smith
Após a última parada em Queenstown, o navio seguiu viagem pelos mares do Atlântico. Para passar o tempo, alguns passageiros se divertiam dançando ao som da banda, outros faziam apostas sobre a data de chegada a Nova Iorque.
A viagem transcorreu calma durante os quatro dias. Mesmo recebendo avisos de outros navios sobre a existência de icebergs pelo caminho, o capitão Smith não se importou e dizia que o navio era grande demais para ser abatido por um iceberg. Ao contrário, a embarcação continuou navegando em sua velocidade máxima (40km/h) porque, além de ser chamado o mais luxuoso e indestrutível navio existente, os construtores queriam também que ele fosse considerado o mais rápido. Para tanto, deveria alcançar Nova Iorque em menos de uma semana, tempo previsto para a chegada.
Na noite do dia 14 de abril, o comandante Smith já tinha ido dormir e pedira ao 1º oficial, William Murdoch, que assumisse o seu posto e o avisasse de qualquer imprevisto que ocorresse. Por volta de 23h 40min, o sino do cesto dos vigias tocou três vezes, indicando que algo estava no caminho do Titanic. Murdoch conseguiu ver que surgia à frente do navio uma massa escura de gelo. A ordem foi que se virasse ao máximo a estibordo e se fizesse marcha à ré a toda potência. Entretanto, a medida não foi suficiente para evitar o encontro entre o barco e o iceberg. Parte da massa de gelo arranhou o casco da embarcação sob a linha de água, abrindo um rasgo com mais de 90 metros em seis compartimentos estaques da proa, que foram invadidos pela água.
Um dos construtores do Titanic, Thomas Andrews, que estava à bordo, calculou os estragos causados pelo choque e constatou que o navio tinha duas horas antes de afundar totalmente. Com a inclinação do navio, todos os compartimentos foram tomados pela água, tornando o naufrágio uma certeza matemática e inevitável. O capitão Smith ordenou aos radiotelegrafistas o envio de mensagens de socorro e iniciou os preparativos para que os passageiros abandonassem o navio nos barcos de salvamento. Entretanto, haviam apenas 20 botes que, em sua capacidade máxima, poderiam levar 1.178 pessoas. O número de barcos não foi maior porque os proprietários julgavam que colocar mais deles comprometeria a beleza e o conforto do Titanic.
O desespero de tentar se salvar fez com que os primeiros botes saíssem sem a sua capacidade total. Ao final, apenas 705 passageiros conseguiram se salvar. Às 2h 20min da manhã do dia 15 de abril, o Titanic submergiu completamente. Os sobreviventes foram resgatados pelo navio Carpathia, da Cunard.

Estado atual do Titanic no fundo do Atlântico sendo explorado.

O Titanic tinha 270 metros de comprimento e pesava 46.329 toneladas. O navio foi construído em quase 3 anos e custou aproximadamente 450 milhões de dólares. 2.227 foi o número de passageiros à bordo na viagem inaugural do navio. A banda que tocou até o momento final do naufrágio era composta por 8 músicos. Para a alimentação de todos os passageiros foram levados, entre outros alimentos, cerca de 40.000 toneladas de batatas, 3toneladas de manteiga, 20.000 garrafas de cerveja e 15.000 garrafas de água mineral. No dia da colisão, o comandante recebeu 6 mensagens de aviso de iceberg de outros navios. O Titanic levava 3.560 coletes salva-vidas individuais e apenas 20 barcos. A parte da frente do navio levou 6 minutos para ir do nível da água ao fundo do mar. A de trás submergiu em 12 minutos. 1.522 pessoas morreram na catástrofe.



Edição: Jhansen Barreto

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