sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Santo Estevão: Mulheres inventam notícia de sequestro e são presas em flagrante


Zenilda Sacramento Sardinha e Miralva Conceição da Silva foram presas em flagrante após inventarem um sequestro. Elas serão encaminhadas ao Presídio Regional de Feira de Santana e responderão por crime de falsidade ideológica. Dia 16 de outubro de 2012. Uma autoridade policial que estava no plantão na Depol de Santo Estevão recebe um telefonema às 19:50h. Do outro lado da linha estava um homem que se identificou como motorista de uma Van que fazia transporte de pacientes para Feira de Santana e que estava na garagem da Prefeitura quando percebeu que uma mulher havia recebido um telefonema com uma notícia de sequestro.
Imediatamente o investigador solicitou que policiais militares fossem até o local e trouxessem as mulheres que supostamente receberam a notícia do crime. Na delegacia, Zenilda e Marinalva, que se apresentaram como irmãs, disseram que estavam vindo de Salvador e que quando passavam pelo município de Antonio Cardoso receberam uma ligação de uma mulher conhecida como Lúcia marcando um encontro em Santo Estevão. Segundo as acusadas, Lúcia também seria irmã delas.
Miralva e Zenilda afirmaram ao delegado que quando chegaram em Santo Estevão e perceberam a demora de Lúcia resolveram fazer contato por telefone e disseram que uma mulher atendeu afirmando que Lúcia estava sequestrada e que se elas tentassem avisar a polícia que mataria a suposta sequestrada.
Miralva chegou a afirmar que esteve com Lúcia mais cedo em Santo Estevão e que ela teria mostrado a quantia de R$ 800 mil para a compra de um terreno na zona rural.
Durante todo o depoimento as duas afirmaram que o sequestrador era uma determinada pessoa que teria uma desavença com Lúcia e que o mandante do crime estaria preso no presídio da capital por ter cometido o mesmo crime há cerca de dois meses. Afirmaram que na época do primeiro sequestro de Lúcia, elas chegaram a pagar R$ 10 mil pelo resgate. Elas acusaram um homem que seria o pai delas.
O delegado, Dr Antonio Carlos Sena começou a desconfiar da história e averiguou as contradições que elas não eram irmãs e que sequestrador e sequestrada eram nomes fictícios. Foi constatado ainda que elas haviam dito aos policiais militares que o sequestro teria acontecido na fazenda Altamira, enquanto que para o delegado elas afirmavam que era na fazenda Caatinguinha. Após ouvir as acusadas e outras testemunhas o delegado deu voz de prisão para a dupla.
Miralva, moradora do bairro Alto do Purrão e Zenilda, moradora do povoado de Paiaiá foram autuadas em flagrante por crime de falsidade ideológica (artigo 299 do Código Penal Brasileiro) e serão encaminhadas para o Presídio Regional de Feira de Santana onde aguardarão julgamento.

Fonte: Correio da Cidade
Edição: Jhansen Barreto

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